Estudo mostra que mais da metade dos brasileiros fazem planejamento inadequado. Outros sabem que poupança não é suficiente e há quem sequer se prepare para se aposentar
Júlio Ribeiro aproveitou a experiência em banco e escolheu o mercado de ações para investir. Foto:Paulo Paiva/DP/D.A Press |
O estudo do HSBC ouviu mais de 125 mil pessoas em 15 países. A amostra do Brasil incluiu 1.000 participantes. Mais da metade (59%) dos brasileiros reconhecem que fazem planejamento inadequado para ter uma aposentadoria confortável. Outra fatia (41%) diz que a poupança é insuficiente para bancar o futuro. Há outro grupo expressivo (19%) que sequer se prepara para pendurar as chuteiras. Diante da imprevidência, fica um "buraco" em média de 11 anos. De onde essas pessoas vão tirar recursos para viver?
Confira o estudo completo do HSB - O Futuro da Aposentadoria
"Hoje a nossa sociedade tem gastos e hábitos da sociedade européia e canadense com padrão de renda dos asiáticos, cuja população é mais previdente do que a brasileira", constata o superintendente executivo de Gestão de Patrimônio do HSBC, Gilberto Poso. O executivo cita a forma empírica como o brasileiro escolhe a poupança para a viagem de férias (49%) em detrimento da reserva de dinheiro para a aposentadoria (43%). O comportamento é oposto dos demais países incluídos na amostra. Entre eles, França, Canadá, Reino Unidos, Autrália, México, China e Índia.
Nem tudo está perdido. Um ponto positivo da pesquisa é mostrar que apenas 37% dos brasileiros esperam contar com a renda do INSS quando se aposentar. As pessoas na faixa etária entre 25 e 35 anos têm expectativa menor em relação à renda da previdência oficial. "Mostra que os profissionais mais jovens já pensam em alternativas para a aposentadoria. Esse comportamento é positivo porque vai desafogar as contas da previdência", destaca Poso.
O economista Júlio Ribeiro de Almeida, 34 anos, escolheu o mercado de ações para investir. Aproveitou a experiência de oito anos num banco de grande porte para optar pelo investimento de longo prazo. Há poucos meses ele abriu uma empresa e aposta as fichas no novo negócio. "No momento, invisto na minha empresa, mas acho importante poupar para a aposentadoria", diz.
Para o consultor financeiro Roberto Ferreira, professor de economia da Faculdade Boa Viagem, o brasileiro só pensa na aposentadoria quando falta dinheiro para as despesas no futuro. O mantra é consumir no presente. "Falta educação financeira não só nas escolas, mas dentro da própria casa", argumenta.
O professor de Planejamento e Gestão Organizacional e Finanças da Faculdade Guararapes, Marcopolo Marinho, destaca a importância de planejar o futuro. "Não existe uma idade ideal para começar. Quanto mais cedo melhor". O primeiro passo é fazer um orçamento mensal para se livrar das despesas que tiram a capacidade de poupar.
O próximo passo é definir os tipos de investimentos adaptados ao perfil do bolso. O especialista indica a previdência privada como a modalidade mais simples. Outra possibilidade são os títulos públicos. Sem esquecer a velha poupança. Mesmo com menor rendimento ainda é a preferida dos brasileiros.
Outra dica é a diversificação dos investimentos. O professor da Faculdade Guararapes diz que após a criação do Fundo Garantidor de Crédito - uma espécie de seguro para as aplicações financeiras - os investimentos até R$ 70 mil são garantidos pelo governo federal.
Nem tudo está perdido. Um ponto positivo da pesquisa é mostrar que apenas 37% dos brasileiros esperam contar com a renda do INSS quando se aposentar. As pessoas na faixa etária entre 25 e 35 anos têm expectativa menor em relação à renda da previdência oficial. "Mostra que os profissionais mais jovens já pensam em alternativas para a aposentadoria. Esse comportamento é positivo porque vai desafogar as contas da previdência", destaca Poso.
O economista Júlio Ribeiro de Almeida, 34 anos, escolheu o mercado de ações para investir. Aproveitou a experiência de oito anos num banco de grande porte para optar pelo investimento de longo prazo. Há poucos meses ele abriu uma empresa e aposta as fichas no novo negócio. "No momento, invisto na minha empresa, mas acho importante poupar para a aposentadoria", diz.
Para o consultor financeiro Roberto Ferreira, professor de economia da Faculdade Boa Viagem, o brasileiro só pensa na aposentadoria quando falta dinheiro para as despesas no futuro. O mantra é consumir no presente. "Falta educação financeira não só nas escolas, mas dentro da própria casa", argumenta.
O professor de Planejamento e Gestão Organizacional e Finanças da Faculdade Guararapes, Marcopolo Marinho, destaca a importância de planejar o futuro. "Não existe uma idade ideal para começar. Quanto mais cedo melhor". O primeiro passo é fazer um orçamento mensal para se livrar das despesas que tiram a capacidade de poupar.
O próximo passo é definir os tipos de investimentos adaptados ao perfil do bolso. O especialista indica a previdência privada como a modalidade mais simples. Outra possibilidade são os títulos públicos. Sem esquecer a velha poupança. Mesmo com menor rendimento ainda é a preferida dos brasileiros.
Outra dica é a diversificação dos investimentos. O professor da Faculdade Guararapes diz que após a criação do Fundo Garantidor de Crédito - uma espécie de seguro para as aplicações financeiras - os investimentos até R$ 70 mil são garantidos pelo governo federal.
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