sexta-feira, 12 de abril de 2013

Previdência Social retira da pobreza 24 milhões de pessoas


Seu Edmundo foi um dos beneficiários a deixar a pobreza
Edmundo Pereira de Melo nasceu em Cachoeirinha (PE) e hoje mora em Lajedo, no mesmo estado. Beneficiário da Previdência Social, ele conta que o dinheiro repassado pelo INSS mudou sua vida. Seu Edmundo trabalhou desde jovem no comércio e no campo, mas nunca conseguiu se aposentar. A renda da família vinha da companheira dele, aposentada do INSS. Depois do falecimento dela, seu Edmundo teve dificuldades para comprovar a união para ter direito à pensão e passou por momentos difíceis, pois já não tinha saúde boa para trabalhar. Ele ficou sem renda, sendo ajudado por terceiros.
Somente na segunda vez em que deu entrada no pedido de pensão por morte, em Garanhuns, seu Edmundo teve o benefício concedido. “Deus me colocou na frente da pessoa certa. Foi ótimo conseguir o benefício. Foi um momento de alegria porque não ia precisar mais dos outros para me alimentar. A minha vida mudou! Eu tinha passado por tanta humilhação… Hoje pago minha água, luz, compro o bujão e faço minha feirinha para passar o mês. Foi muito marcante o dia em que recebei a carta do INSS de Garanhuns. Lembro que falei: eu não morro mais de fome”, relata.
Assim como Seu Edmundo, 24 milhões de pessoas saíram da condição de pobreza, em 2011, graças aos benefícios pagos pela Previdência Social. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). O dinheiro repassado pelo INSS reduziu em 12,8% a taxa de pobreza do Brasil. São consideradas pobres pessoas com rendimento domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo.
Uma análise de técnicos do Ministério da Previdência Social (MPS) mostrou que a renda previdenciária favorece, sobretudo, as pessoas com mais de 55 anos. “A partir dessa idade nota-se uma significativa expansão da diferença entre o percentual de pobres com e sem as transferências previdenciárias. Portanto, a pobreza diminui com o aumento da idade, chagando ao limite inferior de 10% para a população com 70 anos de idade ou mais”, conclui o estudo.
Dona Antonia (que prefere não revelar o sobrenome), residente e, Lajedo (PE), faz parte dessa estatística. Aos 79 anos, ela conta que é com a aposentadoria do INSS que sustenta a família. “Em minhas orações sempre peço a Deus que abençoe quem criou o projeto de aposentadoria porque meus pais não se aposentaram e viviam na limitação do que ia aparecendo. Para mim foi muito importante se aposentar porque se não fosse a aposentadoria, ia depender dos filhos e dos outros.” Viúva há quatro anos, D. Antonia também recebe a pensão do falecido esposo e relata como os benefícios mudaram seu padrão de consumo. “Com a renda dos benefícios vivo direitinho e ainda posso ajudar minha família, posso comprar minhas coisinhas, presentes para meus netinhos e até faço pequenas prestações”, comemora. (Renata Brumano)
Fonte: Blog Previdência Social