sábado, 15 de junho de 2013

Garantia da aposentadoria rural deve incentivar agroindústrias

Agricultores poderão ter acesso aos recursos para a formalização do negócio sem perder condição de segurados especiais

Uma medida em relação ao Plano Safra da Agricultura Familiar, lançado pelo Governo Federal na última semana, está sendo particularmente comemorada em Venâncio Aires. O texto garante que, a partir da safra 2013/2014, os agricultores familiares poderão acessar recursos para formalização da agroindústria e projetos de turismo rural sem perder a condição de segurados especiais. A Administração Municipal acredita que a medida irá estimular a agroindustrialização e a formalização das agroindústrias já existentes.
A perda do benefício  da aposentadoria rural sempre foi um entrave para os empreendedores do campo. Apostar em uma pequena empresa e perder um benefício garantido de aposentadoria era alternativa não muito bem-vinda aos agricultores. Apesar disso, Venâncio Aires já era destaque no Rio Grande do Sul pelo número de agroindústrias, 35 no total. Com a nova regra, a expectativa é que novos empreendimentos sejam formalizados nos próximos meses.
Conforme o secretário municipal de Agricultura, Fernando Heissler, atualmente o município possui agroindústrias de peixes, mel, embutidos, pães, bolachas, massas, brotos de alfafa, entre outras. Com a nova regra, pequenas empresas, especialmente de descascador e beneficiamento de aipim devem surgir. “A medida é extremamente importante, pois garante segurança ao produtor que apostar na diversificação. São dezenas de exemplos de produtores familiares que podem incrementar sua renda através da agroindústria. Acreditamos que esse será um passo fundamental”, destaca.


fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Venâncio Aires

Tesouro ou previdência; o que é melhor para a aposentadoria?

Editado por Priscila Yazbek, de 

Moedas de real - dinheiro
Para especialista, o investimento no Tesouro Direto é mais vantajoso porque custos são menores
Dúvida do internauta: Tenho 22 anos, sou estagiária e ganho cerca de 1.300 reais por mês, estou em dúvida se começo a aplicar em um plano de previdência ou se junto algum dinheiro para comprar títulos do Tesouro Direto, pois tenho pensado seriamente no meu futuro. Meu noivo é funcionário público, o que nos garante uma certa segurança, mas, como planejamos casar e ter filhos, acho importante eu ter algum dinheiro para o futuro, mesmo que a maior parte dos gastos que teremos fique com ele. Ele diz que devo esperar para pensar em previdência, mas como ganho bem menos que ele acho que deveria começar logo justamente por isso. Qual investimento é o mais aconselhável no momento? 
Resposta de Fernando Meibak*:
Parabéns pela consciência de se preocupar com o futuro logo cedo, coisa rara de se observar.
A melhor indicação para você é o Tesouro Direto. O plano de previdência privada tem uma grande desvantagem, que é o custo. No geral, esses planos têm taxas elevadas, superiores a 1% ao ano. E alguns ainda cobram taxa de carregamento, que incide a cada depósito feito.
Sugiro que você faça o cadastro em uma instituição financeira que opera o sistema Tesouro Direto. Pesquise no site do Tesouro Direto o ranking das taxas cobradas pelas instituições, algumas delas não cobram taxas. 
Compre mensalmente títulos indexados à variação do IPCA, as Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B). Gosto das chamadas Principal, que acumulam rendimento, não fazem pagamentos de juros semestrais. Escolha os títulos de longo prazo, com vencimento depois de 2030.
Além do Tesouro ser mais barato, é um extraordinário momento para compra porque a taxa Selic subiu e os rendimentos acima do IPCA estão altos, algumas NTN-Bs estão pagando juros acima de 5% ao ano.
*Fernando Meibak é sócio da consultoria Moneyplan, ex-diretor de gestão de investimentos do ABN-Amro Real e HSBC Brasil e autor do livro “O Futuro Irá Chegar! Você Está Preparado Financeiramente para Viver até os 90 ou 100 Anos?”

Justiça barra pedido do INSS para adiar troca de benefício

Instituto solicitou que juízes esperassem a decisão do Supremo para só então pagar a aposentadoria maior para segurada
A Justiça Federal impôs sucessivas derrotas ao INSS, que tentou barrar, sem sucesso, a troca de aposentadoria de um segurado.
O instituto argumentou que os juízes deveriam esperar o julgamento do tema pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que ainda não tem data para ocorrer.
O pedido, porém, foi rejeitado.
Da primeira instância, em Joinville (Santa Catarina), até o STJ (Superior Tribunal de Justiça), que finalizou o processo, o instituto não teve sucesso em seus recursos e perdeu a ação para um segurado que, depois de se aposentar, ficou mais 12 anos na ativa.
Na Justiça, ele garantiu a troca de benefício.
O trabalhador conseguiu uma nova aposentadoria, mais vantajosa, elevando seu benefício de R$ 1.800 para R$ 3.100.
A nova aposentadoria começará a ser paga no mês que vem.
Ele também terá os atrasados desde 2011, quando entrou com a ação.

Fonte: Agorasãopaulo.com.br

Aposentado especial da região ganha 45,5% a mais que média

Soraia Abreu Pedrozo
do Diário do Grande ABC
O rendimento dos aposentados especiais do Grande ABC está, hoje, em torno de R$ 2.042. A quantia supera em 45,5% a média dos benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) a segurados das sete cidades, de R$ 1.403. Geralmente o valor da especial, concedida a profissionais que trabalham em condições insalubres, de risco ou penosas, é maior pelo fato de permitir a aposentadoria integral, com base em 100% do salário de contribuição limitado ao teto – atualmente em R$ 4.159. Em outras palavras, se ao dar entrada no benefício o empregado tinha salário bruto, sobre o qual incidia o INSS, de R$ 2.000, este será o montante a receber.
Apesar de a região ser essencialmente industrial, com centenas de fábricas que expõem os trabalhadores a condições insalubres, como metalúrgicas e químicas, apenas 6,1% ou 17.752 dos aposentados da região (261.170) são especiais.
Um dos motivos é que, desde 1995, com a extinção da lista de profissões, quando era preciso apenas apresentar a carteira de trabalho para ter direito ao benefício, muitos não conseguiram comprovar que durante toda a vida profissional o trabalho era prejudicial. Começou a ser exigido laudo que comprovasse o período em que, de fato, houve a insalubridade. Não bastava apenas ocupar função de risco. Sendo assim, muita gente converteu períodos especiais em comuns e se aposentou por tempo de contribuição.
O presidente da AMA (Associação dos Metalúrgicos Aposentados) do Grande ABC, Wilson Roberto Ribeiro, também destaca que as companhias não colaboram. “Muitos trabalhadores que estão expostos a riscos e a danos à saúde se machucam ao longo da vida profissional e não conseguem mais desempenhar a função. Em vez de a empresa remanejá-los para outra área que não exija esforço físico, por exemplo, ela faz pressão psicológica para que se aposentem por invalidez. Sendo assim, quase ninguém consegue cumprir os anos exigidos”, afirma. Para quem atua com exposição a ruído, calor ou a produto químico ou biológico, são necessários 25 anos de contribuição.
RENDA MENOR - Os aposentados por invalidez no Grande ABC somam 40.487, o equivalente a 15,5% do total. O valor do benefício, por outro lado, é 26,9% menor do que a média, com R$ 1.105. Isso porque neste caso também são considerados 100% do salário de contribuição.
Na avaliação do advogado previdenciário Jairo Guimarães, do escritório Leite e Guimarães, o rendimento menor se deve ao fato de muitos se aposentarem ainda jovens, no início da carreira, quando a renda é mais baixa. “Além disso, as atividades de risco incluem trabalho braçal, oferecido por empresas menos estruturadas e que, portanto, remunera salários menores. Já a aposentadoria especial paga mais porque o profissional está no topo da carreira ao pedir o benefício.”