Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
Do Diário do Grande ABC
Ao pensar em aposentadoria o que vem à cabeça, imediatamente, é a imagem de sombra e água fresca, tempo para fazer tudo o que sempre teve vontade e, enfim, qualidade de vida? Caso a resposta seja sim, é preciso, hoje, abrir mão de alguns caprichos consumistas para juntar dinheiro e complementar a aposentadoria paga pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Para se ter ideia do quão difícil é se aposentar com essa quantia, devido ao fator previdenciário (que leva em conta tempo de contribuição, idade e expectativa de vida), a média dos valores pagos no Grande ABC é de R$ 1.403.
“Hoje é comum viver até os 95 anos, embora a expectativa de vida esteja em 73 anos. Nos anos 1950, porém, as pessoas viviam até os 50 anos. Como o tempo sem trabalhar aumentou muito é preciso juntar mais dinheiro”, diz Maísa.
ENTRAVE - Conforme pesquisa da Serasa Experian realizada com 2.002 pessoas em 142 cidades, 69% dos brasileiros não poupam.
Segundo o levantamento, 35% sentem mais prazer em gastar imediatamente do que em juntar dinheiro e 30% confessam comprar por impulso. Alguns fatores que contribuem para afastar o consumidor dos investimentos é a falta de conhecimento sobre as vantagens financeiras gerada pela ausência da disseminação da educação financeira no País. “A sociedade está preocupada com o consumo imediato, com a TV de última geração ou o celular que nem sabe usar direito. As pessoas não se preparam para cuidar da aposentadoria, deixando para pensar no futuro depois”, diz a especialista.
QUANTO POUPAR - O ideal, segundo ela, é que quem tem até 30 anos separe ao menos 5% do salário líquido (descontando INSS e Imposto de Renda). De 30 a 40 anos, 7%. De 40 a 45 anos, 10% e, acima de 45 anos, 15%. No caso de uma pessoa que tem entre 30 e 40 anos e que tenha salário líquido de R$ 4.000, são necessários R$ 280 por mês. É preciso, no entanto, fazer contas junto à instituição financeira que fará o investimento para simular quanto é preciso guardar.
Para o professor da escola de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas) Samy Dana, o ideal é que sejam investidos 30% do salário. “Tudo depende do padrão de vida que se quer ter. Porém, nem sempre essa quantidade é possível, depende se a pessoa já tem filhos, se está pagando a faculdade ou a prestação da casa. O mínimo recomendado é 10% do rendimento.”
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