terça-feira, 28 de maio de 2013

O drama dos aposentados chineses

1985 – A faixa diz: “A política do controle de natalidade é boa; o governo cuidará da aposentadoria.”
Nos últimos dias, tem circulado nas redes sociais chinesas uma série de imagens que mostram a evolução da política do governo chinês em relação à aposentadoria. Devido à política de controle da natalidade adotada na década de 1980, a população chinesa tem visto um nítido envelhecimento, com menos pessoas ativas economicamente e crescente número de idosos. Porém, como demonstram as imagens, o governo chinês adapta convenientemente suas políticas e consequentemente seus lemas, deixando centenas de milhões de idosos sem cuidados.
Há três décadas, o governo tem forçado na população a ideia de que a política do filho-único é benéfica à nação. Porém, o último censo (2010) indicou que a China possuía 218 milhões de filhos únicos, o que significa 436 milhões de pais que dependem do filho único para a sobrevivência após a aposentadoria, visto que o dinheiro dado pelo governo é irrisório, além de estar diminuindo ano após ano, sob o argumento de “controlar os gastos”, enquanto os políticos chineses gastam desenfreadamente com futilidades.
Além disso, estatísticas demonstram que mais de 10 milhões de filhos únicos nascidos entre 1975 e 2010 morreram antes de completar 25 anos, o que significa 20 milhões de pais sem descendentes ou qualquer garantia financeira e que pouco podem fazer além de vislumbrar um destino atroz. Isso fica evidente no crescimento índice de suicídio nos últimos dez anos entre idosos com mais de 65 anos.
No ano passado, um dos diretores de um instituto demográfico chinês chegou a declarar que os idosos chineses se tornaram “ranzinzas e indolentes” e que precisavam “atualizar seu raciocínio e aceitar novos desafios”, além de sugerir que a idade de aposentadoria e o período de contribuição fiscal se estenderiam, o que tem gerado severas críticas e manifestações. Segundo cálculos baseados no ano de 2011, o rombo previdenciário na China equivale a 2 trilhões e 215 bilhões de yuanes (US$ 361 bilhões).
1990 – O lema da política demográfica muda para: “A política do controle de natalidade é boa; o governo ajudará a cuidar da aposentadoria.”
2005 – O governo chinês lança outra campanha de controle fiscal e uma das diretrizes é: "A aposentadoria não pode depender do governo."
2005 – O governo chinês lança outra campanha de controle fiscal e uma das diretrizes é: “A aposentadoria não pode depender do governo.”
2012 – O governo chinês muda seu lema: "Atrasar a aposentadoria é um bom; cada um que cuide da própria aposentadoria."
2012 – O governo chinês muda seu lema: “Atrasar a aposentadoria é um bom; cada um que cuide da própria aposentadoria.”

Crise na Grécia forçou a aposentadoria de 40 mil funcionários

Mais de 40 mil funcionários passaram à situação de aposentadoria forçada desde o início de crise, fazendo aumentar as despesas da previdência local, segundo as cifras apresentadas nesta segunda-feira ao parlamento pelo vice-ministro de Finanças, Khristos Staikuras.


A Grécia passou dos 406 mil funcionários aposentados no ano de 2009 a 449 mil em abril deste ano, o que provocou o aumento correspondente ao pagamento das pensões de 4,2 bilhões de euros para 6,5 bilhões, segundo mostram os dados oficiais.

Grande parte dessas aposentadorias foram feitas para cumprir as exigências dos credores internacionais no sentido de reduzir o número de trabalhadores na administração pública.

Ao mesmo tempo, os gastos salariais correspondentes aos empregados públicos cresceram de 13,9 bilhões de euros em 2005 para 18,5 bilhões em 2009, para cair no ano passado para o valor de 13,7 bilhões, por causa dos cortes drásticos aplicados nos salários de todos os funcionários.

Fonte: Prensa Latina

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=214717